quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tecnologias Educacionais: Novos recursos para novos tempos - Avaliação

Por: Aloísia Xavier Arcanjo.

O curso de férias Tecnologias Educacionais abordou, sobretudo, inovação na sala de aula. Embora a disciplina trate do uso das novas e velhas tecnologias para melhorar o ensino-aprendizagem através do uso delas, o foco principal ainda se mantém na qualidade de profissional que as utiliza. Portanto, assim como até mesmo a estrutura escolar deveria estar de acordo com determinada corrente pedagógica assim também o uso de tecnologias educacionais só faz sentido mediante o seu uso adequado dentro de um contexto didático.
A possibilidade de trazer inovação para o ensino-aprendizagem é extremamente motivadora para os professores porque representa mais uma maneira de provocar o interesse dos alunos, de praticar o conhecimento de maneira, às vezes, inusitadas. Essa abordagem nova que busca romper com processos e automáticos e até mesmo monótonos ou não práticos para dar lugar à construção de conhecimentos através de uma perspectiva mais dinâmica, mais eficiente e menos explorada. Alguns profissionais, no entanto, ainda resistem ao uso de novas tecnologias para renovar sua prática educacional mesmo podendo lançar mão delas; Por outro lado, outros até se interessam pelo uso delas, mas ou não têm acesso, ou não são capacitados adequadamente ou, muitas vezes, sequer têm acesso à uma infra-estrutura adequada.
No entanto, para além das questões com a efetivação e aceitação/interesse dos aparatos tecnológicos bem como de jogos e brincadeiras que fogem do padrão tradicional de ensino, é necessário se considerar que esses recursos são apenas ferramentas nas mãos de profissionais. Ferramentas estas, portanto, que não substituem a qualidade do profissional dentro da escola, embora sejam extremamente promissoras, que possam mudar o rumo do interesse dos alunos, exigir deles mais dinamismo, aguçar-lhes o desejo de conhecer e desenvolver suas habilidades, bem como o trabalho em equipe através do uso de meios que são próprios do universo deles, no qual eles têm prazer a priori.
Dessa forma, se o professor não souber o que pretende com o uso dessas ferramentas, se não estiver ciente da base epistemológica que sustenta o seu método e não souber praticá-la, se não tiver um bom plano de aula então dificilmente o uso de qualquer recurso didático poderá ajudá-lo. Novamente, até mesmo a infra-estrutura de uma instituição de ensino deve estar voltada aos objetivos didáticos que pretende. Conforme a precariedade da instituição se exige mais do professor, quanto menos recursos mais esforço este despende para não perder a qualidade do ensino.
Portanto, diante disto, percebe-se que a relação do uso de tecnologias educacionais x educação não está pautado necessariamente em quão elaborado seja um novo ou velho aparato tecnológico (visto a relativamente alta complexidade que uma ferramenta pré-histórica pode ter versus a dependência do homem moderno acomodado aos novos aparatos, muitas vezes até mesmo sem entendê-los), mas sim na renovação da abordagem educativa, na mudança de paradigma e surgimento de necessidades educacionais, sociais e comportamentais que demandam uma nova maneira de aprender e de se relacionar. Lançar mão de novos recursos é tomar emprestados elementos do cotidiano (ou do inesperado) para combinar as novas concepções de educação (formação de um sujeito crítico, cidadão, independente) às novas abordagens! E assim arrematar o interesse do aluno, romper com a mesmice e alcançar, de maneira mais eficiente e prazerosa, os objetivos educacionais.

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